Capítulo VIII

O que não dizer a um autor

Eu sou uma escritora de primeira viagem.
Escrevo a minha primeira série, a primeira história pela qual eu me empenho de verdade. É uma história de fantasia. Com seres mágicos, sim. Com uma heroína, sim. E isso já me fez ouvir, mesmo que em pouco tempo, perguntas bem idiotas. Então decidi listá-las aqui pra que você que tá lendo possa evitar fazê-las.

1 - "Então você gosta dessas coisas tipo Harry Potter?"


Sim, eu gosto de Harry Potter. Mas isso não quer dizer que eu copie a minha história de algum lugar, ou que eu tenha o universo deles como base.

2 - "Por que não escreve sobre alguma coisa mais real?"

Porque não quero.
E sereias são reais.

3 - "Que livro grande! Tem desenhos?"


Sim. A capa. A contra capa. Contente-se com isso.

4 - "Não dá pra fazer mais barato?"


Não preciso nem falar sobre isso, né?

5 - "Sua história é legal, mas o autor tal [...]"


Sério, não é legal comparar ninguém. Principalmente a história de alguém, que se dedicou tanto por ela.

Coloquei só cinco coisas porque graças à Merlin tenho lembrança curta e não fico remoendo o que me falam. Mas, gente, ser escritor é muio difícil, principalmente escritor independente. Eu não tenho quem divulgue, não tenho ajuda. Só meus amigos passando de um pro outro. Você não precisa perguntar quantos livros eu vendi e se já tô lucrando, porque 1) escritores nacionais não lucram (dificilmente) haha; 2) eu não escrevo pra ficar rica, escrevo porque gosto e 3) na maioria das vezes a pessoa que pergunta isso não comprou o livro e quando você diz a quantidade que já vendeu, torce o nariz tipo "nossa, que bosta". Vamos por a mão na consciência? Não é porque o escritor é seu amigo que ele tem obrigação de te contar o final. Ou te vender mais barato. Ou deixar você ler e depois você devolve.
Considere um livro como um filho. A gente se dedica por anos por uma história pra entregar pra pessoa e ela dizer "poderia ser melhor". Quer dizer, a gente sabe que poderia ser melhor, sempre pode. Mas um "parabéns" é mais do que suficiente.

Se você é do tipo que compartilha e apoia todo tipo de literatura nacional, tem meu amor.
E se você é do tipo que ignora tudo e depois bate no peito dizendo como ama ler, por favor, seje menas.

É isso, amigos. E não se esqueçam de que o autor sempre fica feliz (pelo menos, eu fico) ao receber feedback. Leu o livro? Manda uma mensagem, não custa nada, né?

Nos vemos no próximo post!

Atenciosamente,
A.