Diário de uma escritora independente #4
18:00:00
Capítulo IV
Como era mesmo o nome daquela personagem?
Escrever um livro é algo muito complexo.
No meu caso, que já escrevo há uns sete anos, muita coisa mudou - nomes, cenas, personagens, lugares, cenários, e até mesmo capítulos inteiros foram completamente alterados ou excluídos. E, partindo do princípio de que eu mal lembro o que jantei ontem, manter uma história assim sem qualquer tipo de rascunho ou anotação de apoio é, pelo menos para mim, uma Missão Impossível.
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Eu já estava a ponto de um colapso nervoso quando a minha mãe sugeriu algo muito simples. Eu fazia anotações no próprio caderno onde eu escrevi a história original, então imaginem só a bagunça que aquilo era no final de um longo dia de trabalho.
(se eu achar os cadernos em que eu escrevia, coloco foto aqui. Ao que tudo indica eles foram parar no buraco negro que se chama "minha mãe limpou meu quarto").
A solução consistia em:
1 - Abrir o Bloco de Notas no Computador.
2 - Configurar para que a quebra de linha seja automática, porque é chato DEMAIS quando a linha continua, continua, continua, continua...
3 - Colocar tudo que eu precisava lá.
No começo, o meu rascunho continuava sendo uma bagunça, mas pelo menos eu já tinha onde anotar coisas importantes como: data - muito ruim quando, no livro, é terça-feira e no dia seguinte é sábado, por exemplo; se o escritor não tem noção de dias, fica difícil -, nomes e características das personagens - principalmente se você, assim como eu, demora (no mínimo) duas semanas pra começar a se lembrar dos nomes dos seus colegas de trabalhoque você, invariavelmente, vê praticamente todos os dias -, trechos ou, no meu caso, profecias, observações que não devem ir no livro mas você não pode se esquecer... no meu rascunho eu coloco até mesmo aquelas regrinhas chatas de português que às vezes enroscam a mente, e tem também sugestões de nomes, sugestões de cenas, e mais um monte de coisas.
(se eu achar os cadernos em que eu escrevia, coloco foto aqui. Ao que tudo indica eles foram parar no buraco negro que se chama "minha mãe limpou meu quarto").
A solução consistia em:
1 - Abrir o Bloco de Notas no Computador.
2 - Configurar para que a quebra de linha seja automática, porque é chato DEMAIS quando a linha continua, continua, continua, continua...
3 - Colocar tudo que eu precisava lá.
No começo, o meu rascunho continuava sendo uma bagunça, mas pelo menos eu já tinha onde anotar coisas importantes como: data - muito ruim quando, no livro, é terça-feira e no dia seguinte é sábado, por exemplo; se o escritor não tem noção de dias, fica difícil -, nomes e características das personagens - principalmente se você, assim como eu, demora (no mínimo) duas semanas pra começar a se lembrar dos nomes dos seus colegas de trabalho
Como era antes. |
Como é hoje. Notem que ele agora é dividido por livro, o que ajuda bastante também. |
Eu também colocava um resuminho sobre o que acontece no capítulo, o que eu meio que sinto falta hoje em dia. Mas acontece que antes eu tinha mais ânimo e disposição, e hoje ando me arrastando num mar de preguiça. Hahahaha brincadeira, é que eu já reescrevi tantas vezes que já não preciso mais disso BJIN NO OMBRO PRO MEU EU MAIS NOVO.
(CACETE fechei tudo aqui sem querer e tive um mini ataque cardíaco pensando que tinha perdido tudo o que escrevi. Pausa para respirar. Foi mal o palavreado).
Bom, eu não sei como vocês fazem pra se organizar, mas eu faço assim e dá super certo. Eu sou tão assim que quero deixar todos os livros com exatos trinta capítulos, então o meu rascunho me ajuda bastante a controlar isso.
Ah, e além dos rascunhos, eu coloco anotações em vermelho e negrito no meio do livro pra quando eu for revisar lembrar de fazer tal coisa. É que é muito frequente eu escrever e acabar fazendo uma cena legal mas que não tinha nada a ver com o roteiro que eu tinha planejado, então eu tenho que voltar e alterar.
É claro que nem tudo o que for bom pra mim vai ser pra você. Também não dá pra considerar como verdade absoluta tudo o que a gente lê em blogs iniciantes por ai (hello). No último evento da CES, durante o Bate Papo, eu citei esse meu rascunho pros autores convidados e a Simone O. Marques comentou que, com ela, isso não é necessário - ela tem uma memória no mínimo sobrenatural pra conseguir lembrar de todos os personagens dela (que devem passar de uma centena, já que ela é uma fábrica de livros).
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Bom, eu não sei como vocês fazem pra se organizar, mas eu faço assim e dá super certo. Eu sou tão assim que quero deixar todos os livros com exatos trinta capítulos, então o meu rascunho me ajuda bastante a controlar isso.
Ah, e além dos rascunhos, eu coloco anotações em vermelho e negrito no meio do livro pra quando eu for revisar lembrar de fazer tal coisa. É que é muito frequente eu escrever e acabar fazendo uma cena legal mas que não tinha nada a ver com o roteiro que eu tinha planejado, então eu tenho que voltar e alterar.
É claro que nem tudo o que for bom pra mim vai ser pra você. Também não dá pra considerar como verdade absoluta tudo o que a gente lê em blogs iniciantes por ai (hello). No último evento da CES, durante o Bate Papo, eu citei esse meu rascunho pros autores convidados e a Simone O. Marques comentou que, com ela, isso não é necessário - ela tem uma memória no mínimo sobrenatural pra conseguir lembrar de todos os personagens dela (que devem passar de uma centena, já que ela é uma fábrica de livros).
Minha maior dica de todas é: se organize, independente de como for. Aqui está a minha forma de organização que dá certo há anos comigo, mas esteja aberto para experimentar o que é melhor pra você. Escrever é maravilhoso, mágico, libertador... Mas se você não for uma bagunça literária, ninguém vai querer - ou conseguir - ler.
Espero que ajude!
Atenciosamente,
A.
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