Diário de uma escritora independente #9

11:46:00

Capítulo IX
Prólogos e epílogos


Saudações!

Prólogos e epílogos não são extremamente necessários para o desenvolvimento de uma história, tanto que tem gente que nem sabe o que significam essas palavras.
Pra quem não sabe, o prólogo é o que inicia um livro, introduz o leitor à história. Eu adoro prólogos, principalmente quando são usados pra dar mais mistério à história - no meu caso, contam uma parte de muita importância pro desenvolvimento da história, mas que o leitor só entenderá no decorrer do livro. Já o epílogo é o final, ele conclui a história. Em Harry Potter, o epílogo mostra o embarque dos filhos do trio de ouro (Harry, Rony e Hermione) 19 anos depois da Guerra de Hogwarts. 
Deu pra sacar?

Gisela Ramos, obrigada pelas fotos <3
Eu achei tão divertido escrever prólogos que decidi postar aqui. Juro, não é um spoiler do livro - tecnicamente é, mas não exatamente. É um spoiler incompleto, que só vai fazer sentido quando ler o segundo livro - e quem já leu o primeiro livro vai ser obrigado a ler o prólogo, então esse post vai servir pra jogar lenha na fogueira da curiosidade do povo. Não tem problemas, então, né? 

Eu sou muito ansiosa, e eu gostaria muito de poder disponibilizar o segundo livro pra já. Tecnicamente, o livro ainda nem tá terminado - ainda preciso colocar mais umas coisinhas e revisar e revisar e revisar - e esse prólogo é bem curtinho - pelo menos até eu revisá-lo. Mas como ainda não posso mandar pra todo mundo e por a venda, me diga - pelo amos de todos os deuses, me diga - o que achou.

Lembrando que o primeiro livro está a venda. Para mais informações, clique AQUI.

Prólogo


     — Esmeralda? Está me ouvindo? Esmeralda! – o homem lhe deu um cutucão no ombro, e finalmente Esmeralda notou que falavam com ela. 
     — Sim?
     — Está deixando a comida esfriar – disse seu pai – você é muito distraída, menina. Onde anda com a cabeça?
     Esmeralda soltou um longo suspiro. 
     — Em um lugar melhor. 

     O pai saiu assim que terminaram de comer, e a mãe lhe pediu ajuda para fazer as tarefas de casa. Emburrada, Esmeralda escutou outro longo sermão enquanto trabalhava. 
     Aos vinte anos, Esmeralda era dona de uma beleza inestimável. Entretanto, não estava nem perto de arrumar um pretendente, e isso preocupava seus pais enormemente. Moravam em uma pequena cidade do interior de São Paulo e logo os bons rapazes já estariam todos casados. Seria realmente uma tragédia se a moça não tomasse jeito, e logo.
     O problema é que Esmeralda não estava nem um pouco interessada em arrumar um parceiro. Na verdade, poderia muito bem ficar sozinha. Ela gostava mesmo de explorar cavernas, escalar árvores e mergulhar cada vez mais fundo. Sua mãe dizia que ela ia morrer como uma velha azeda, e esse até que era um futuro melhor do que seus pais planejavam para ela. 
     Tão logo foi liberada de casa, a moça correu para longe das palavras ásperas de seus familiares. Não podia esperar nem mais um segundo para sentir-se livre novamente. 
     Mas quando chegou ao riacho, notou que não estava sozinha. 
     — Olá – o homem estava quase na outra margem, apenas com parte do tronco para fora d'água, e a olhava com muita curiosidade. – Desculpe-me se o estou incomodando. Pensei que não haveria ninguém aqui – o homem continuou quieto, mas agora aproximava-se devagar. Esmeralda sentiu um repentino frio no estômago. O estranho parecia não estar se movendo, mas aproximava-se casa vez mais. Ele era tão belo e forte... Sua figura atraia Esmeralda como nenhum outro homem jamais fizera. 
     — Como se chama? – o som de sua voz penetrou em seu cérebro, causando-lhe arrepios. 
     — Esmeralda – ela respondeu com a voz fraca. 
     — Poderia apostar minha vida que deram-lhe este nome por causa de seus olhos deslumbrantes. – a moça corou imediatamente, provocando um sorriso no estranho. – Há semanas que venho observando você, senhorita. Espero que me perdoe por isso. 
     — Me observando? – o medo começou a crescer em seu peito. O homem estava a apenas um metro de distancia. – Por quê?
     — Porque estou perdidamente apaixonado por você, Esmeralda. 

     No jantar, seu pai perguntou-lhe porque sorria tanto. 
     — Ora – pigarreou, tentando disfarçar – Só estou feliz. O que há de errado nisso?
     — É algum rapaz da cidade? Me conte, querida, quero saber de tudo! - perguntou-lhe a mãe.
     — Mamãe, você não vai acreditar. 

     O dia seguinte amanheceu quente como o coração de Esmeralda. Ela tremia um pouco enquanto arrumava suas coisas. Não podia fazer barulho, senão seus pais acordariam. Escreveu carinhosamente um bilhete de despedida e, sem olhar para trás, saiu de casa pela última vez. 

     “Queridos mamãe e papai. 

     Sinto muito que os tenha desapontado tanto, mas não sou a filha que vocês desejam ter. Encontrei meu amado, minha alma gêmea, e permaneceremos juntos para sempre. Vocês jamais acreditariam se eu lhes dissesse. 

     Amo vocês,
     Esmeralda”

Curtinho, né? Mas, pra quem leu e prestar atenção, vai fazer muito sentido.
Espero que tenha gostado! Eu queria ter postado isso há um tempão, mas eu tava meio com medo.

Comenta aqui, ok?
Combinado?

Atenciosamente,
A.

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